Em 1885, Guiomar Torresão viaja para Paris, onde permanece dois meses. Aí visita Alexandre Dumas e Victor Hugo, conhece as novas escritoras femininas e frequenta os mais ilustres salões literários da capital francesa.
“Leitor! preciso advertir-te que n&atil..
“Eu moro à esquina do largo do Pelourinho justamente defronte do Arsenal. Já antes da guerra, e dos nossos desastres, eu ali vivia no segundo andar à direita; nunca gostei do sítio: sem ser bucólico, a minha ambição foi sempre viver longe destes..
“Alma japonesa (os japoneses chamam-lhe, com supino orgulho, Yamato-damashii, a alma de Yamato): — eu proponho-me relancear em espírito o modo de ser da família japonesa, no tocante à sua apreciação racial das coisas, como ela as vê, como ela as s..
Em 1944, em carta dirigida ao escritor José Condé, Graciliano Ramos resumia assim Vidas Secas:
“Fiz o livrinho, sem paisagens, sem diálogos. E sem amor. Nisso, pelo menos, ele deve ter alguma originalidade […]. A minha gente, quase muda, vive numa casa velh..
“Então comecei, afundando-me cada vez mais num desesperado desalento, a apaixonar-me realmente e sem remédio pelo encanto misterioso da minha esposa.
Quando ela saía ia sempre vagaroso, atrás dela, à distância, seguindo os seus inocentes passos, ..
“Tão vaidoso fiquei do Eusébio Macário que o reputo o mais banal, mais oco e mais insignificante romance que ainda alinhavei para as fancarias da literatura de pacotilha.” [Do Prefácio da Segunda Edição]
Em 1880, Camilo publica Eusébio Ma..
Assinalando o centenário da morte de Guerra Junqueiro, esta nova edição de Pátria inclui um estudo de Henrique Manuel Pereira e uma importante carta, inédita, do poeta.
Apontada como “Os Lusíadas da decadência” por Sampaio Bruno, Pá..
Em agosto de 1915, na companhia de alguns amigos, Teixeira de Pascoaes faz “um vertiginoso e futurista passeio de automóvel” entre Amarante e Arganil. A Beira é o relato desta pequena mas inesquecível viagem.
“Viajar em auto é correr mundo, a ..
“Para ser professor, também é preciso ter as mãos purificadas. A toda a hora temos de tocar em flores. A toda hora a Poesia nos visita.
O aluno acredita em nós e não deve acreditar em vão. Impõe-se-nos que mereçamos, com a noss..
exto estrutural da cultura portuguesa, esta nova edição de Causas da Decadência dos Povos Peninsulares é acompanhada de documentos conexos e os testemunhos de Eça de Queirós e Jaime Batalha Reis.
“E tínhamos ainda nele um confortante orgulho, ..
“Linguagem de marotos”, como o definiu o Padre Rafael Bluteau no século XVIII, o calão pode expressar preconceitos e juízos de valor, mas, pela sua dimensão criativa, é sobretudo um desafio a convenções e tabus.
Com mais de cinco mi..
“mariana Nos reinos e nas repúblicas bem governadas, havia de
ser limitado o tempo dos casa-
mentos, e de três em três anos haviam de se desfazer, ou confir-
mar de novo, como coisas de arrendamento; e que não tivessem de durar toda a vida, co..